Reunião foi intermediada pelo vereador John Lenon, para discutir impedimento de festas comunitárias
Após o embargo da realização de algumas festas comunitárias que eram feitas nas comunidades católicas do município, o Vereador Cleuzer Marques de Lima, o John Lenon (PT), foi procurado por representantes e padres da Igreja Católica, para tentar encontrar uma solução para o problema.
O encontro foi realizado no Gabinete do Prefeito, na tarde da última sexta-feira (13 de setembro), que além da presença do Prefeito Antônio Meira (PT) e do vereador, também contou com a participação do Secretário de Cultura Tino Sampaio, e ainda de autoridades religiosas, como o Padre Gino Nascini, da Comunidade Nossa Senhora Aparecida, no Jardim Rosolém, o Padre Caio Augusto de Andrade, da Comunidade Santa Luzia e o Padre Ivo Rogério da Silva, da Comunidade Nossa Senhora Aparecida, no Jardim Campos Verdes. Também participaram da reunião, o Coordenador da Comunidade Nossa Senhora Aparecida, João Zago e a Coordenadora da Comunidade São José, no Parque dos Pinheiros, Maria Aparecida Santos.
Muitas festas foram impedidas de ser realizadas durante este ano, dentre elas, algumas tradicionalíssimas na cidade, como foi o caso da Festa do Milho, que é feita anualmente. Um dos entraves encontrados pelos representantes destas comunidades, foi a exigência da documentação, a exemplo do AVCB (Alvará de Vistoria do Corpo de Bombeiros). O alvará é emitido após vistoria técnica dos bombeiros, mas este ano as comunidades ficaram sem a documentação, e por conta disso, as festas foram suspensas.
“Quando a Festa do Milho foi cancelada, toda a cidade ficou triste. O evento é esperado pelas famílias e pelos jovens da nossa cidade e cidades vizinhas como Sumaré e Monte Mor. Para que isso não aconteça novamente e para que esta e todas as festas comunitárias sejam realizadas com toda a segurança, decidimos procurar a Prefeitura e buscar uma solução”, ressaltou o vereador.
Além do AVCB, para que as festas sejam realizadas, é necessário também o laudo das lonas que cobrem as tendas utilizadas nos eventos. Este laudo normalmente é emitido pelo fornecedor, no entanto, é aprovado ou não somente após a vistoria dos bombeiros. Apesar das festas acontecerem em ambientes abertos e ao ar livre, este documento é exigido para comprovar que as lonas são antichamas, e é obrigatório, para se evitar tragédias como a que aconteceu em Santa Maria (RS), no início deste ano.
Em conversa com os presentes, o prefeito ressaltou que a exigência da documentação está prevista em Lei, e que o ideal é que essas festas sejam feitas de acordo com que a lei determina, para que não haja problemas posteriormente. “No Carnaval, por exemplo, tivemos muitos problemas por conta disso; também foi o caso do primeiro dia do Rodeio; quando as exigências não são cumpridas, a multa pode chegar a R$ 200.000,00”, observou Meira, ao se referir aos problemas que a prefeitura enfrentou este ano com a realização de festas populares na cidade.
Ao longo do encontro, no entanto, o prefeito sugeriu aos participantes a criação de uma comissão para a organização das festas previstas no calendário oficial do município. Será agendada uma outra reunião, com a presença do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, onde será discutido o planejamento de todas as festas das comunidades para o ano que vem. A próxima reunião também contará com a presença dos Secretários de Segurança Pública, de Trânsito e do Diretor da Vigilância Sanitária.
“Uma tática que vamos utilizar, a partir de agora, é convidar o Corpo de Bombeiros para vistoriar o local das festas com antecedência, para que todo o trâmite seja possível para a realização das mesmas”, afirmou Tino Sampaio.
Ao final da reunião, o Padre Gino explicou ao Prefeito e ao Secretário de Cultura que as festas comunitárias são necessárias para poder manter as comunidades, além de ser uma recreação para as pessoas, que já estão acostumadas com as festividades.
Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Hortolândia