Proposta será apresentada nesta terça-feira e dará mais conforto às gestantes em trabalho de parto
O acompanhamento de doulas às gestantes em trabalho de parto é um assunto bastante discutido atualmente entre médicos, enfermeiros, gestantes e as próprias profissionais. Há hospitais que são completamente a favor e outros não permitem o trabalho das doulas e, buscando para garantir que a gestante tenha o acompanhamento, caso ache necessário, os vereadores de Hortolândia, votarão nesta terça-feira (10 de maio) um Projeto de Lei que garante a escolha das parturientes em hospitais públicos e particulares.
O Projeto de Lei nº 39/2016, de autoria do vereador Paulão (PRP), prevê a entrada das doulas antes, durante e após o parto, quando a gestante solicitar. O objetivo é garantir o suporte físico e emocional através de tratamentos terapêuticos como técnicas de relaxamento e respiração à gestante. “O ambiente impessoal dos hospitais, com uma grande presença de pessoas desconhecidas e a equipe técnica focada nos cuidados com o bebê faz com o que o bem-estar emocional da parturiente fique em segundo plano, gerando medo, dor e ansiedade nessas mulheres”, comenta o autor na justificativa do Projeto.
A propositura ainda destaca que a “OMS (Organização Mundial da Saúde) e o Ministério da Saúde incentivam a presença da doula por reconhecerem as inúmeras vantagens que trazem ao Sistema de Saúde, que além de oferecer um serviço de melhor qualidade, apresenta uma significativa queda nos custos, dada a diminuição das intervenções médicas”.
Há uma onda crescente de aceitação do trabalho destas profissionais pelos hospitais do país, garantindo assim o bem-estar das parturientes e há estudos que mostram que o apoio das doulas tem atenuado casos de depressão pós-parto e aumentado os índices de amamentação.
A proposta trata ainda que a doula não é considerada acompanhante, ou seja, além da profissional a gestante ainda pode escolher a entrada de um parente ou cônjuge.
Caso seja aprovado na sessão de amanhã, a proposta segue para a Prefeitura, onde deve ser analisada pelo Poder Executivo para sanção ou veto.