Câmara Municipal de

Hortolândia

20230512 arvore toxixaAlém de proibição de plantio proposta ainda prevê remoção de espécies Spathodea Campanulata e Lucena


Evitar danos a fauna da nossa região é um dos principais motivos para a criação do Projeto de Lei 21/2023, de autoria do vereador Clodoaldo Santos da Silva (MDB). A proposta foi aprovada, com substitutivo total, na última sessão ordinária, que aconteceu na Câmara de Hortolândia, na segunda-feira (08 de maio).

O projeto faz uma alteração na Lei Municipal nº 1.937, de 13 de setembro de 2007, que disciplina o plantio, o replantio, a poda, a supressão e o uso adequado e planejado da arborização urbana e dá outras providências. A determinação é que ficam proibidos os plantios de espécies invasoras Leucena (Leucaena leucocephala) e espécie Spathodea Campanulata, também conhecida como Espatódea, Bisnagueira, Tulipeira-do-Gabão, Xixi-de-Macaco ou Chama-da-Floresta. Além disso dispõe sobre a remoção e substituição das que já existem no território da cidade.

Essas árvores são consideradas espécies exóticas invasoras, pois estão fora de sua área de distribuição natural e ameaçam habitats, serviços ecossistêmicos e diversidade biológica, causando impactos em ambientes naturais, de acordo com informações do ICMBio. Por serem espécies naturais de outros países, a Leucena tem origem na América Central e a Spathodea Campanulata, tem origem no continente Africano.

A Leucena foi trazida para ser usada como alimentação de gado, pois era uma alternativa barata e eficiente, mas é considerada uma praga pois destrói toda a vegetação próxima, criando um deserto verde, por absorver todos os nutrientes do solo (informações do site da Prefeitura de Salto). Já a Spathodea Campanulata, em condições favoráveis é uma espécie potencialmente invasiva, tem raízes pouco profundas e são frequentes as quedas de galhos, fazendo dessa árvore uma opção ruim para centros urbanos, explicou Clodoaldo na justificativa.

Ele ainda ressaltou, que apesar de serem muito bonitas, pois possuem flores numerosas e com cores chamativas, mas são perigosas para abelhas e beija-flores, causando intoxicação e morte desses animais, responsáveis pela polinização. “Isso causa um grande desequilíbrio ecológico na região em época de florada. Nossas abelhas nativas sem ferrão, as melíponas, são as maiores vítimas, que acabam morrendo e não cumprindo seu papel de polinizadoras, atrapalhando o desenvolvimento da nossa flora e fauna”, comentou o parlamentar.

A proposta segue agora para a avaliação do Poder Executivo, onde o prefeito Zezé Gomes poderá sancionar ou vetar a proposta.

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