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Transporte municipal e intermunicipal é amplamente discutido durante sessão

Parlamentares usaram a tribuna para ressaltar os problemas diários enfrentados pelos passageiros. Também foi cogitada a realização de nova audiência pública sobre o assunto.


Os problemas enfrentados pela população com o transporte público são frequentemente expostos pelos meios de imprensa, e não são exclusivos da cidade de Hortolândia. Pessoas de todas as cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) sofrem com atrasos, quebras de ônibus, mal estado ou frota pequena. Estes assuntos foram amplamente discutidos na tarde de ontem (27 de março) pelos vereadores da Câmara de Hortolândia, durante sessão ordinária. Vários problemas enfrentados pela população foram levantados, inclusive a possibilidade de realização de mais uma audiência pública sobre o assunto.

Os temas foram discutidos a partir do Requerimento nº 261/2012, da vereadora Renata Cristina Belufe Moreno Lippaus, a Renata Belufe (PT). Outro Requerimento, o n° 280/2012, do vereador Lenivaldo Pauliuki, o Leni (PSDB), também abordou o assunto. Ambos foram aprovados e seguem agora para a Prefeitura para que sejam tomadas as providências necessárias para solução do problema.

Renata ressaltou em documento que muitos munícipes estão sendo prejudicados pelo não cumprimento dos horários pelos ônibus da permissionária Viação Boa Vista. A vereadora recebeu reclamações principalmente de pessoas dos bairros Parque Oreste Ôngaro e Chácara Recreio Alvorada. Isso tem deixado os munícipes esperando uma média de 40 minutos para conseguir entrar em um ônibus e chegar ao seu destino. Muitas vezes mães de família levam seus filhos ao médico e perdem as consultas, que são difíceis de agendar, por ineficiência no transporte público. Não podemos compactuar com isso, comentou Renata.

Já o vereador Leni usou a tribuna para se mostrar inconformado com a diminuição do número de linhas. “Os munícipes sofrem porque esperam muito tempo pelo ônibus municipal, isso é uma maneira de forçar a usar o intermunicipal e pagar mais caro. Eles não tem muita escolha, e nós vereadores estamos recebendo muitas denúncias de pessoas que não suportam mais”, explicou ele. Em seu Requerimento o vereador ainda questionou o que será feito para melhorar esse problema, o porquê é mais rápido ir até Campinas do que se deslocar dentro de Hortolândia, e se é possível a Prefeitura intervir com a permissionária para solucionar os problemas.

Outros vereadores

Além dos autores, outros parlamentares também mostraram conhecer de perto os problemas enfrentados pelos usuários do transporte coletivo. A vereadora Terezinha Prataviera (PT) disse que este tema é antigo e frequentemente discutido na Câmara. “Temos casos de pessoas pagando um valor menor ao cobrador e ao motorista para entrar pela porta traseira. Se não ficarmos de olho como munícipes responsáveis, o problema vai se agravar. Precisamos oferecer um serviço público de qualidade”.

O parlamentar George Julien Burlandy, o Dr. George (PR), ressaltou a importância de uma fiscalização mais rígida, principalmente depois de matéria veiculada pela EPTV sobre esquema entre cobradores e motoristas para pagamento de passagens mais baratas. “Realmente existe um problema de cobradores e motoristas deixarem os passageiros pagarem menos e não computam a passagem, isso só prejudica aos outros usuários. Como não há, teoricamente, passageiros suficientes para a linha, a empresa a tira de circulação. É preciso uma fiscalização mais rigorosa, podia-se pensam na instalação de câmeras nos ônibus”, acrescentou.

Jair Padovani (PSDB) também criticou a quantidade de passageiros em pé no ônibus. “É questão de segurança, todos deveriam viajar sentados. Em um ônibus de viagem é parado por um guarda rodoviário e há passageiros de pé a empresa é multada, mas os de transporte municipal e intermunicipal não. As pessoas vão apertadas como sardinhas em lata, alguma coisa tem que ser feita”, ressaltou.

Os vereadores Gervásio Batista Pozza (PT) e Paulo Pereira Filho, o Paulão (PPL), também usaram a tribuna para se manifestar sobre o problema. “Em São Paulo foi preciso a Justiça intervir para melhorar o sistema lá, acho que é necessário que isso também aconteça aqui”, falou Gervásio.

“Estamos tentando achar um culpado para todos os problemas, mas a empresa é a maior responsável por isso. A Prefeitura iniciou uma licitação para escolher a nova permissionária, e estabeleceu um padrão rígido para evitar novos problemas. Não houve nenhuma inscrição para a licitação, até porque existe uma empresa que domina toda a Região de Campinas”, disse Paulão. O vereador ainda comentou que falta uma conscientização por parte dos passageiros que aceitam pagar mais barato. “O cidadão é cúmplice, porque isso acarreta a retirada dos ônibus por falta de passageiros. Uma munícipe me contou que teve que brigar com o cobrador para pagar a passagem inteira. Ele chegou a travar a catraca para ela não passar, e só liberou porque estava começando a incomodar os outros passageiros”, revoltou-se.

Audiência Pública. Outro ponto levantado durante a discussão foi a realização de uma audiência pública sobre o transporte, solicitada pelo vereador Leni, pedindo a presença de representantes da Prefeitura, da permissionária Viação Boa Vista e da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos). Uma outra audiência já foi realizada pela Câmara em novembro de 2010, mas não teve muitos resultados, pois nenhum representante da empresa Viação Boa Vista compareceu para esclarecer os questionamentos da população e dos vereadores.

Paula Vialto

Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Hortolândia

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