Moção repudia empresa por demissão de Ciperos

Vereadores discutiram na tarde desta terça-feira (06 de março) sobre a demissão de funcionários representantes da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) da empresa Amsted Maxion. O tema foi abordado pela Moção de Repúdio criada pelos vereadores George Julien Burlandy, o Dr. George (PR), e Valdecir Alves Pereira, o Nego (PPL), e foi assinado e aprovado por todos os vereadores presentes.

Segundo o documento, funcionários da empresa, e membros da Cipa foram suspensos em dezembro de 2011 para apuração de faltas graves que poderiam caracterizar dispensa por justa causa. Os funcionários teriam sido suspensos por defender uma melhor qualidade e segurança no trabalho, e por serem cipeiros não podem ser demitidos. Uma sentença dada a processo em 25 de janeiro, a Justiça do Trabalho de Hortolândia declarou nula a suspensão, e determinou que a empresa reintegrasse os funcionários, inclusive com pagamento dos atrasados. “Eles foram reintegrados e dia 30 de janeiro, após exames médicos para reintegração os funcionários foram dispensados por justa causa. Isso é contra lei, a empresa não pode agir assim e é por isso que a Moção foi criada”, comentou o vereador Nego.

O outro autor, Dr. George comentou na tribuna que a Moção não é um repúdio à empresa e sim a ação tomada por ela. “Não podemos visar mais o lucro do que a justiça, isso é ilegal, não podemos permitir que os direitos dos funcionários sejam cerceados”, comentou o vereador.

Segundo o vereador José Geraldo da Silva, o Zé Geraldo (PT), a Cipa é feita para intervir nos problemas e dar maior qualidade de trabalho para os funcionários. O vereador Lenivaldo Pauliuki, o Leni (PSDB), ressaltou a importância dos direitos do trabalhados, e importância da defesa da legislação. “A falta de visão destes gestores foi tremenda. A empresa vem para nosso país e desrespeita nossas leis, isso gera comentários ainda mais em um ambiente globalizado como o de hoje”, explicou.

A Moção será encaminhada para a diretoria da empresa, ao Ministério do Trabalho, ao Ministério Público e ao Sindicato da categoria.

Paula Vialto

Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Hortolândia

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