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Parlamento Metropolitano discute novas regras de iluminação pública

Vereador Zezé, representando o Poder Legislativo hortolandense, participou da reunião que debateu outros temas


Discutir as novas regras de iluminação pública, e de que maneira os municípios serão afetados com a transferência de responsabilidades. Este e outros temas foram debatidos pelos representantes das câmaras que compõem a RMC (Região Metropolitana de Campinas), na manhã desta sexta-feira (27 de setembro), em Itatiba, durante a reunião mensal do Parlamento Metropolitano. O vereador José Nazareno Gomes, o Zezé (PT), ex-presidente e atualmente integrante do Parlamento Metropolitano, esteve presente à reunião, representando o Poder Legislativo hortolandense.

Outros assuntos também foram debatidos, dentre eles, o Projeto Vizinhança Solidária, a extinção dos pontos facultativos em órgãos públicos das cidades que compõe a RMC, melhorias na malha ferroviária da Região Metropolitana de Campinas e a criação da Frente Parlamentar ambientalista.

Os trabalhos foram conduzidos pelo presidente do Parlamento, o vereador de Valinhos Lourivaldo Messias de Oliveira (PT), seguido pelos vereadores Vitório Bando (DEM), de Itatiba, Campos Filho (DEM), de Campinas, Marquinho Fiorella (PP), de Paulínia, Fred Chiavegatto Neto (PTB), de Jaguariúna, e Rubens Nunes (PR), de Vinhedo.

Para abordar o tema sobre as novas regras de iluminação pública, a equipe da CPFL, coordenada pelo gerente de Negócios Regional, José Nanini Neto, fez uma explanação detalhada sobre a Resolução Normativa nº 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) que regulamenta as condições gerais de fornecimento de energia e define que a responsabilidade pelos serviços de elaboração de projeto, implantação, expansão, atendimento, operação e manutenção dos sistemas de iluminação pública será de responsabilidade do Poder Público Municipal a partir de janeiro do ano que vem.

O gerente explicou que as prefeituras deverão arcar com esse custo ou repassá-los aos consumidores, contratando empresa especializada para realizar o serviço ou implementando estrutura própria, interligada a alguma secretaria. “Estamos preocupados com os desdobramentos que os ativos vão ocasionar, seja ele de ordem operacional, seja ele de ordem financeira. Queremos continuar parceiros, vamos continuar dando suporte, mas as prefeituras devem começar a se preparar para que as cidades não fiquem às escuras”, alertou Nanini.

O representante da CPFL explicou ainda, que os novos valores que serão desembolsados pelos municípios, citando como exemplo a cidade de Campinas que terá um custo de manutenção de aproximadamente R$ 1 milhão/mês para zelar por 104 mil pontos de energia. “Quando for transferir os ativos para a prefeitura, haverá uma economia na ordem de 9% ou 10% no pagamento do valor da tarifa. No entanto, a manutenção mensal custará dez vezes o valor da remissão da tarifa”, argumentou. Ainda segundo ele, o impacto financeiro será grande e caberá ao prefeito e ao secretário estudar de que forma será obtida essa receita.

Entre as cidades que integram a Região Metropolitana de Campinas, apenas os municípios de Itatiba, Jaguariúna, Nova Odessa, Paulínia, Sumaré e Vinhedo não possuem a CIP (Contribuição para Iluminação Pública). Caso esses municípios optem pela instituição da taxa, Nanini sugere que a mesma não seja atrelada à cobrança de IPTU, mas seja inserida diretamente na conta de energia.

Outro ponto de destaque na explicação do especialista foi sobre a segurança das empresas que farão essa manutenção. Segundo ele, somente empresas ou pessoas especializadas poderão fazer esse trabalho, para que o processo seja feito com total segurança, citando como exemplo o custo de uma roupa usada pelos eletricistas, orçada em R$ 3,7 mil.

Por fim, ele salientou que o prazo é curto e que as prefeituras devem iniciar os processos licitatórios desde já, prevendo nas peças orçamentárias, o custo da manutenção. “Janeiro e fevereiro são meses de chuvas, onde há um aumento de 30% na manutenção. Se nós entrarmos nesse período e as prefeituras não tiverem esse alinhamento, os munícipes serão penalizados e a cobrança será em cima de vocês [vereadores]; é um desgaste desnecessário”, reforçou.

Vizinhança Solidária

A experiência satisfatória no município de Vinhedo com o projeto de segurança Vizinhança Solidária, foi apresentada pelo vice-presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) de Vinhedo, Ricardo Guidi. O programa é organizado pela comunidade e consiste num conjunto de cuidados e precauções, a fim de reduzir crimes.

Baseado na atuação conjunta dos moradores para melhorar a segurança em sua região, tem encorajado a interação e o senso de responsabilidade entre vizinhos, a comunidade e as forças policiais. Em Vinhedo, o programa está dividido em quatro áreas e tem ajudado a coibir assaltos, prevenir incidentes e a capacitar profissionais para atuarem nos residenciais e bairros em geral.

Extinção dos pontos facultativos

A extinção dos pontos facultativos em órgãos públicos, sugerida pela vereadora de Holambra, Jacinta Heijden (PTB), foi aprovada pela maioria do colegiado, mas houve quem se manifestasse totalmente contrário à proposta. Votaram contra a extinção, o vereador José Nazareno Gomes, o Zezé (PT), o Presidente da Câmara de Vinhedo, Rubens Nunes (PR) e o vereador Hélio Alves Ribeiro (PSB), de Indaiatuba.

Segundo a justificativa da vereadora, a ideia é moralizar a gestão pública, além de ser uma forma de responder às manifestações da sociedade, que pede um serviço público de mais qualidade. A vereadora alega que não vê fundamento para que haja ponto facultativo, até por conta das exigências que a sociedade vem impondo para uma melhoria na classe política.

Já o vereador Zezé rebateu os argumentos, alegando que o ponto facultativo é um direito adquirido do servidor público. “Eu vou defender o contrário porque acho que não se trata de linha de produção e nem de qualidade. O serviço essencial é mantido e ninguém perde com isso, aliás, economiza-se, porque o gasto é menor”, explicou.

Frente Parlamentar Ambientalista

A partir da sugestão do vereador de Campinas Luiz Carlos Rossini (PV), aprovada com unanimidade, o Parlamento autorizou a criação de uma Frente Parlamentar Ambientalista para discutir os problemas da região.

Rossini citou a política de resíduos sólidos que entra em vigor em 2014 e a renovação da outorga do Sistema Cantareira, como um dos grandes objetos de estudo da nova frente para a RMC. “Hoje os problemas ambientais não são locais. Os grandes desafios dizem respeito às ações que devem ser regionalizadas”, destacou.

Outras deliberações e próxima reunião

Os vereadores metropolitanos aprovaram o envio de Requerimento ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) solicitando relação de obras e melhorias a serem realizadas na malha ferroviária da RMC, bem como, Moção de Apelo ao governo estadual solicitando a inclusão do município de Morungaba ao bloco.

A próxima reunião do Parlamento Metropolitano acontece no dia 25 de outubro às 9h na Câmara Municipal de Indaiatuba, para discutir segurança pública e a possibilidade de interligação dos sistemas de monitoramento entre as cidades da RMC, com a presença do secretário adjunto de Segurança Pública do Estado, dr. Antonio Carlos da Ponte.

Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Hortolândia

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