Parlamento discute Uso Racional de Medicamentos
Vereadores receberam representantes do Conselho Regional de Farmácia
O uso racional de medicamentos foi o tema de destaque durante a reunião do Parlamento Metropolitano da RMC, realizada nesta sexta-feira (04 de março) em Monte Mor. O tema foi apresentado aos vereadores pela farmacêutica Danyelle Cristine Marini, diretora-tesoureira do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo.
A população recebe medicamentos do Sistema Único de Saúde e muitas vezes não segue a maneira certa para seu uso ou recebe mais do que precisa, isso ocasiona diversos problemas, elencados pela farmacêutica, como criação de superbactérias resistentes a medicamentos, intoxicação por excesso de medicamentos, além do descarte incorreto, que prejudica o meio ambiente. “Se houvesse o controle correto dos medicamentos, não haveria sobras de remédios, nem remédios vencidos. Temos diversas ações que podem ser tomadas para a conscientização da população, de profissionais que receitam medicamentos e também parcerias para fechar com empresas para realocação de remédios, chegando às mãos da população da maneira correta”, explicou.
Ela citou Projeto de Lei criado na cidade de Mogi Guaçu que vem dando bons frutos em parceria com empresas farmacêuticas que destinam medicamentos com caixas danificadas que não podem ser vendidos para o Banco de Medicamentos, ajudando a população que não pode pagar pelos medicamentos e os quais não são ofertados gratuitamente pelo SUS. “Tivemos casos de pacientes falando que o dinheiro que estão economizando estão comprando carne no mercado. Esses projetos além de tudo tem cunho social, ajudando a população”, explicou Danyelle.
O presidente da Câmara de Hortolândia, Paulo Pereira Filho, o Paulão (PL), que também é primeiro tesoureiro do Parlamento, falou da importância do assunto e que ele deveria ser lavado até os deputados federais para que possam avançar mais no assunto. “Todos aqui tem acesso a deputados, podemos levar isso a eles pedindo a criação de uma lei que trate do uso racional de medicamentos, de conscientização e também de descarte regular”.
A farmacêutica comentou que o uso consciente e um estudo aprofundado das medicações mais usadas pela população são necessários para que se evite o alto custo com medicamentos. “Atualmente o maior gasto com medicação pelo SUS é para suprir ações judiciais e apenas 10% fica com a compra de remédios mais comuns. Com o estudo poderíamos diminuir os custos, conscientizando a população sobre o uso, descarte e principalmente sendo mais eficientes na distribuição. Também precisamos conscientizar a população que medicamento não é mercadoria, comprar remédios sem necessidade é ruim, pois temos o uso indiscriminado deles e diversos problemas causados pelo uso errado”, finalizou.
“Temos que nos atentar que medicamento não é bem de consumo. Atualmente temos diversos canais de televisão fazendo propaganda de medicamentos que resolvem de tudo, e isso é realmente alarmante”, alertou Paulão.
De Hortolândia também participaram do evento os vereadores Aldemir Clemente (PODEMOS), Derli de Jesus Athanazio Bueno (MDB), Edivaldo Souza Araújo (PSD), Luiz Regional (PL) e Márcia Campos (PSB).
EMTU
Também esteve presente na reunião do Parlamento o Gerente Regional da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), Edson Thomas Zilião, falando sobre ações que estão sendo tomadas na região. O principal assunto foi a Integração de Tarifas nas cidades como Valinhos, Vinhedo, Monte Mor e Hortolândia, que estão em fase de finalização para funcionar de forma regular.
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